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domingo, 18 de novembro de 2012

Vampiro? Um esqueleto inglês de 1.500 anos foi “ritualmente estacado” com pregos de ferro

É sabedoria popular que uma das maneiras de se matar um vampiro é com uma estaca em seu coração.

E agora nós temos mais evidências de que este método de matar tem embasamento real. O estudo mais recente para estudar a prática, liderado pelo arqueólogo Matthew Baresford, é um olhar sobre o esqueleto do século VI encontrado nos anos 50 perto de uma antiga igreja em Southwell, Nottinghamshire, Inglaterra, durante escavações para uma nova escola que também revelaram restos romanos.

O corpo parece ter sido enterrado em um terreno pantanoso e profano fora dos jardins da igreja. Como Matthey colocou, “os restos foram estacados ritualmente, com pregos de ferro perfurando os ombros, coração e tornozelos”. Na época em que foi descoberto, o arqueólogo Charles Daniels não chegou a fazer nenhuma análise minuciosa nele.

É tentador afirmar que isso é um exemplo de caça aos vampiros, mas Matthew aponta que os restos devem ser, na verdade, de alguém submetido a um dos “enterros de depravados”, que existem há 27 mil anos. Um enterro de depravado envolvia um tratamento ritualístico concedido ao cadáver de alguém que foi considerado um criminoso, um blasfemador, um traidor ou simplesmente alguém que não se encaixava nas normas sociais da época. Sinais comumente associados a este tipo de enterro incluem mutilações (como decapitação), pedras e/ou talismãs no topo do túmulo, o corpo enterrado com o rosto voltado para baixo e/ou em local úmido e pantanoso. Ainda, muitos desses corpos têm estacas espetadas em seus corações ou outras partes.

O corpo encontrado em Southwell estava enterrado em algo que Matthew especula ser um local sagrado. Originalmente uma residência romana, provavelmente virou uma igreja durante a Idade das Trevas e passou por muitas mudanças, incluindo inúmeras reformas através de sua história. Além do esqueleto em questão, mais de 220 outros corpos foram encontrados lá, mas nenhum possuía as estacas.

É notório, diz ele, que o corpo foi enterrado em um solo muito úmido. Isso chama a atenção devido ao fato de que, na época, havia uma crença muito difundida de que corpos enterrados na água ou em pântanos eram consignados ao inferno e não retornariam para importunar os vivos.

Em seu estudo sobre o esqueleto, Matthew afirma que estacar corpos é um ritual antigo:

“As primeiras evidências arqueológicas para a prática vêm de um sítio arqueológico de 27 mil anos em Dolní Věstonice, na Morávia (onde hoje é a República Tcheca), onde [um corpo em um enterro triplo] foi estacado no chão por meio de um pilar de madeira espesso inserido em sua coxa. O Homem da Velha Coghan, um corpo enterrado entre 362-175 a.C. em um solo pantanoso da Irlanda na Idade do Ferro e encontrado em 2003. Ele tinha ambos os antebraços perfurados por algo afiado, e nos buracos havia galhos de avelã. Ainda, ele foi decapitado e foi parcialmente desmembrado. Claramente alguém não queria que ele retornasse após a morte. Um exemplo final vem da ilha grega de Lesbos onde o professor Hector Williams descobriu um enterro que ocorreu nos muros da antiga cidade de Metholini, com pesadas pedras colocadas em cima do caixão. Dentro do caixão havia um homem adulto entre 40 e 50 anos que foi preso ao caixão com três pregos metálicos de vinte centímetros de comprimento, um através da garganta, outro na pélvis e um nos tornozelos”.

Incrivelmente, esses rituais sobreviveram à Idade Média e continuam em nossas lendas e na cultura popular do nosso tempo. A ideia de selar criaturas mortas-vivas em pedras especialmente marcadas é algo comum em histórias fantasiosas de terror. Espetar vampiros com estacas, assim como expô-los à luz do sol e colocá-los em contato com alho, parece ser algo de praxe. Contudo, parece que nos esquecemos, pelo menos na cultura pop ocidental, da crença de que túmulos úmidos podem prevenir que os mortos se levantem.

Podemos esperar avidamente pelo primeiro conto de terror a incorporar as descobertas de Matthew, contidas em seu estudo acadêmico sobre crenças em mortos perigosos na Idade das Trevas.

Vamos ter algumas criaturas que tenham que ser estacadas através dos ombros, e que precisem ser enterradas em pântanos – ou mesmo uma história curta que tente explicar o que aconteceu com o homem enterrado em Lesbos. Isso viraria um grande filme da Hammer (produtora cinematográfica britânica especializada em filmes de terror): O Homem-Bruxo de Lesbos, por exemplo.

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